Lombalgia

O que é a lombalgia?

A lombalgia é um problema de saúde extremamente comum, que a maior parte das pessoas experiência em alguma altura da sua vida, representando a principal causa de incapacidade e absentismo laboral em todo o mundo. Consequentemente é um dos maiores problemas de saúde pública. Trata-se de um sintoma bastante comum e incapacitante, estimando-se que afete, pelo menos uma vez, 65% a 80% da população.

A lombalgia tem um impacto enorme nos indivíduos, nas suas famílias, comunidades, a nível governamental e económico.

Quais são os sintomas?

Caracteriza-se por dor na região da coluna lombar, geralmente entre as últimas costelas e acima dos glúteos podendo acompanha-se de dor que irradia.
A lombalgia é um sintoma e não uma doença, o que significa que pode traduzir a presença de diversos quadros clínicos.
Pode ser classificada em aguda (apresenta início súbito e duração inferior a 6 semanas), subaguda (duração entre 6 e 12 semanas) ou crónica (duração superior a 12 semanas) sendo que para cada subtipo há diferentes causas e tratamentos.

Como é feito o diagnóstico?

Para um bom diagnóstico da lombalgia, é importante perceber o histórico clínico e ser examinado por um médico. Poderão ser levados acabo alguns exames complementares como radiografia, tomografia computorizada (TAC) ou estudos laboratoriais.

Qual o tratamento?

O tratamento pode depender da causa da lombalgia, mas visa essencialmente o alívio da dor.
Por norma, a pessoa tende a sentir um alívio da dor estando na posição deitada ou em repouso.
No caso de a dor na região lombar ser acompanhada de perda de peso, febre, infeções cutâneas ou urinárias, deverão ser realizados mais exames para um melhor diagnóstico.

Algumas estratégias para aliviar a dor:

· Uso de calor ou frio;
· Massagens;
· Ultra-sons ou eletro-estimulação;
· Exercícios de alongamento, levantamento de carga ou cardiovasculares por forma a recuperar a mobilidade e reforçar a musculatura;

Se ainda assim a dor persistir, deverá procurar aconselhamento médico por forma a iniciar terapêutica farmacológica que pode englobar analgésicos, anti-inflamatórios e/ou relaxantes musculares.

Nos casos de dor crónica poderão ser consideradas abordagens mais invasivas como a cirurgia.

Quais os fatores de risco?

São muitos os fatores ambientais e pessoais que influenciam o aparecimento e duração da lombalgia. Estudos indicam que a incidência é mais elevada em mulheres e a partir dos 30 anos aumentando com a idade até aos 60-65 e depois diminuiu gradualmente.

Os fatores de risco mais comuns são:

· Stress;
· Ansiedade;
· Excesso de peso;
· Depressão;
· Insatisfação laboral;
· Exposição a vibração corporal;

Em alguma altura da vida, é provável que desenvolva lombalgia, por isso a melhor estratégia será sempre a prevenção. Eis algumas dicas de como prevenir:

· Praticar exercício físico regular (caminhada, natação);
· Adotar uma postura correta;
· Manter o peso saudável;
· Evitar pesos excessivos (e ao levantar carga, fletir as pernas e manter a coluna reta);
· Se passa muito tempo sentado, alongar com frequência;
· Rastrear doenças como a osteoporose;
· Evitar álcool e tabaco;

Referências:

1. Hoy, D., Brooks, P., Blyth, F., & Buchbinder, R. (2010). The epidemiology of low back pain. Best practice & research Clinical rheumatology, 24(6), 769-781.
2. Popescu, A., & Lee, H. (2020). Neck pain and lower back pain. Medical Clinics, 104(2), 279-292.
3. Mescouto, K., Olson, R. E., Hodges, P. W., & Setchell, J. (2022). A critical review of the biopsychosocial model of low back pain care: time for a new approach?. Disability and Rehabilitation, 44(13), 3270-3284.
4. Wu, A., March, L., Zheng, X., Huang, J., Wang, X., Zhao, J., ... & Hoy, D. (2020). Global low back pain prevalence and years lived with disability from 1990 to 2017: estimates from the Global Burden of Disease Study 2017. Annals of translational medicine, 8(6).